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A importância do conhecimento e da informação no contexto das transformações digitais


A inteligência competitiva estabelece uma estratégia para a empresa identificar o que se passa no ambiente de negócios do seu setor, e esse conhecimento dá aos executivos as condições de tomar atitudes que forneçam à empresa uma vantagem sobre seus concorrentes.


Rose Longo – FIAP MBA


Não podemos mais ignorar a imensa complexidade do mundo em que vivemos e, reconhecemos no conhecimento o único elemento capaz de reduzir os altos níveis de incerteza e de ansiedade existentes na sociedade atual. A proliferação das tecnologias digitais, a velocidade em que as mudanças ocorrem, as novas facetas do mundo do trabalho e as inúmeras profissões emergentes nos colocam em uma posição de questionarmos, o tempo todo, o que o futuro nos reserva. Neste sentido, acreditamos que a retenção e a adequada gestão do conhecimento é que irão gerar diferenciais competitivos para as instituições que passarão a ter mais oportunidades de inovar constantemente. Gerenciar o conhecimento corporativo é uma das partes mais importantes da gestão estratégica organizacional pois garante condições de sobrevivência com qualidade. No entanto não podemos esquecer que o conhecimento é construído coletivamente pelos colaboradores e estes precisam desenvolver competências específicas para terem condições de fortalecer o desempenho institucional e sobreviver neste contexto de profundas transformações.


Nos dias de hoje já é um fato aceito, quase que por unanimidade, que a sobrevivência efetiva das organizações, em face das condições de mudanças contínuas nos cenários nacionais e internacionais, só é possível se a organização tiver a capacidade de aprender a aprender e de se reinventar constantemente. Nas décadas anteriores, as empresas apostavam nas economias de escala, proficiência em vendas e marketing ou nos movimentos da qualidade e do foco no cliente para aumentar sua competitividade. Com o advento da tecnologia e o acesso a níveis mais sofisticados de informação estratégica, a qualidade deixou de ser um fator de diferenciação e tornou-se uma condição sine qua non para a sobrevivência das organizações em todos os ramos de atividade.


A inteligência competitiva estabelece uma estratégia para a empresa identificar o que se passa no ambiente de negócios do seu setor, e esse conhecimento dá aos executivos as condições de tomar atitudes que forneçam à empresa uma vantagem sobre seus concorrentes.


Nesse novo contexto, as organizações precisam tomar decisões de forma ágil e flexível, inovar constantemente, crescer de forma sustentável e fazer uso eficiente e eficaz da informação e de seu conhecimento. O Conhecimento é um ativo intangível que precisa ser gerenciado. Precisa ser desenvolvido, consolidado, retido, compartilhado e aplicado para que os colaboradores possam alinhar ações e resolver problemas com base nas experiências do passado e com novos insights do futuro.

Sendo a inovação o verdadeiro diferencial competitivo torna-se praticamente impossível proteger o patrimônio de uma organização sem cuidar também do seu conhecimento. A informação passa a ser considerada um empreendimento que agrega valor e riqueza.


A inovação das organizações depende de conhecimentos emergentes que ainda deverão ser construídos para dar conta das demandas do futuro. Isso exige dos líderes uma habilidade de observação mais atenta, aberta, generosa e precisa dos cenários; maior abertura e integração da mente, do coração e da vontade e explorar o futuro com protótipos construídos coletivamente que possibilitem rapidamente resultados práticos.


A era do conhecimento exige das organizações novas capacidades para assegurar o sucesso competitivo num cenário complexo. Para isso, a capacidade de mobilização e exploração dos ativos intangíveis como o conhecimento tornou-se muito mais decisiva do que investir em ativos físicos tangíveis e gerenciá-los.


No contexto em que vivemos, o mercado de trabalho passa a exigir profissionais cada vez mais qualificados e competentes para o desempenho das mais variadas funções. Esse profissional precisa ser flexível, criativo, motivado, inovador, competente nas relações interpessoais e criador de conhecimento, dentre outras características essenciais.


O mundo mudou e continuará mudando, e nós temos que nos adaptar para evoluir e fazer parte das transformações existentes. Possuir apenas competências técnicas e relacionais já não é mais suficiente.


As mudanças de hoje têm menos a ver com as tecnologias e mais a ver com as pessoas. O que de fato mobiliza o ser humano a fazer parte deste contexto? Como dizia Martin Luther King “Quem não tem uma causa pela qual morrer não tem motivo para viver”. Pessoas curiosas e com propósito têm condições de se transformarem continuamente. Qual é a nossa causa? Que competências e atitudes precisamos desenvolver para viver neste século com qualidade?


Precisamos não ter medo de tentar. Entender que o mundo digital é rápido, simples e eficiente. Aprender a otimizar o nosso tempo. Sermos responsáveis pela nossa própria transformação. Possuir escuta ativa e visão periférica ampliada. Ter vontade de compartilhar e co-criar. Aprender a trabalhar em grupo e construir conhecimentos de forma coletiva. Empatia é essencial.


Ainda não temos todas as respostas, porque as transformações não vão parar de acontecer e nós estaremos sempre no espaço da incerteza! Mas só depende de nós o caminho que vamos escolher e a jornada que iremos traçar, porque.... O conhecimento transforma!


A nova moeda do século 21 é representada por palavras como: Colaboração, Aprendizagem, Conhecimento, Criatividade e Inovação. Estas mesmas palavras descrevem as metodologias que possibilitam o adequado gerenciamento do ativo conhecimento. Indivíduos, times e organizações que realmente entendam a economia do conhecimento de forma global, e gerenciem seus ativos de conhecimento, sabiamente, serão os líderes do século XXI.


Texto retirado do site da Thomson Reuters

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